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Sobre o Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA

O LNA é o principal fornecedor de meios observacionais para a realização de pesquisa em Astronomia no Brasil. É uma das unidades de pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). A sua missão básica é fornecer à comunidade astronômica brasileira a infra-estrutura e os meios para a pesquisa competitiva em astronomia observacional (http://old.lna.br/lna/lna_hist.html).

Com sede em Itajubá, no Sul de Minas, o LNA conta atualmente com 57 servidores e opera o Observatório do Pico dos Dias (OPD) localizado na cidade de Brazópolis, MG, a 1860m de altitude, onde está localizado o maior telescópio ótico em solo brasileiro. O LNA opera também dois outros telescópios com espelho de 60cm de diâmetro, um deles pertencente à Universidade de São Paulo. Para a proteção do ambiente observacional do OPD foi formado um campus de 350 ha, onde se preserva mata secundária tropical de altitude que serve de refúgio para diversas espécies animais. O OPD é, pois, um singular local de trabalho, recebendo pesquisadores de diversas partes do país e do exterior, com equipes técnicas revezando durante 24 horas, todos os dias do ano, onde segurança, comunicação e conforto são preocupações constantes, refletidas no padrão da infra-estrutura de apoio, laboratórios, oficinas, suporte computacional, pequena biblioteca, auditório, salas de leitura, alojamentos, refeitório, cozinha, lavanderia, etc. Possui o maior acesso de recursos instrumentais do país em Astrofísica ótica, estando à disposição dos cientistas brasileiros vários instrumentos periféricos (espectrógrafos, fotômetros, câmaras de imagens, etc). A principal clientela do LNA é formada pelos integrantes dos programas de Pós-Graduação em Física/Astronomia no país: pesquisadores e estudantes de astronomia e astrofísica das universidades e demais instituições de pesquisa no país, que utilizam a infra-estrutura do LNA para colecionar dados científicos, para depois analisá-los e publicar resultados.

Além da operação do OPD, o LNA gerencia a participação brasileira em dois projetos internacionais:

  1. I. O LNA é a secretaria nacional para a construção e operação do SOAR (Southern Astrophysical Research Telescope), telescópio com espelho principal de 4,2m de diâmetro e de tecnologia avançada, que está sendo instalado nos Andes Chilenos. São parceiros para a sua construção as instituições dos Estados Unidos: University of North Carolina, Michigan State University e o National Optical Astronomy Observatories (http://old.lna.br/soar/soar.html).
  2. II. O LNA também é a secretaria nacional do observatório GEMINI, operado em consórcio por 6 países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. O observatório GEMINI (ou seja, gêmeos) consiste de dois telescópios semelhantes, com espelhos de 8,1m de diâmetro, instalados em sítios de excepcional qualidade em cada hemisfério da terra. O GEMINI Norte, no vulcão extinto Mauna Kea (4220m) no Havaí, e o GEMINI Sul, em Cerro Pachón (2720m) no Chile, ao lado do SOAR. As diversas inovações tecnológicas do projeto tornaram possível a construção de telescópios gigantes, com imagens que rivalizam às do telescópio espacial. Assim operam com ótica ativa e adaptativa que corrigem desde deformações mecânicas e térmicas do espelho do telescópio até perturbações atmosféricas (http://old.lna.br/gemini/gemini.html e http://gemini.lna.br/).

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Figura 1 - Organograma do LNA

A figura 1 mostra o organograma do LNA. O Conselho Técnico e Científico representa o órgão superior que supervisiona as atividades do LNA. O CTC é composto essencialmente por representantes dos programas de pós-graduação na área de astronomia do país inteiro; portanto, por representantes dos usuários do LNA. As Comissões de Programas, escolhidas pelo CTC, são constituídas por pesquisadores destacados em suas áreas. Tais Comissões decidem sobre os projetos que utilizarão os telescópios.

Internamente, o LNA é composto por:

  1. Diretoria, responsável pela coordenação de todas as atividades do LNA;
  2. Coordenação da Administração, responsável pela contabilidade, licitações, compras, recursos humanos etc., e pelo suporte logístico do OPD;
  3. Coordenação de Apoio científico, responsável, entre outros, pela caracterização de instrumentos, consultas das demais coordenações em questões astronômicas, etc.;
  4. Coordenação de Tecnologia, responsável pela construção de novos instrumentos e melhoramentos de instrumentos existentes, etc.;
  5. Coordenação do OPD, responsável pela operação e manutenção dos telescópios do OPD.