O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) é uma unidade do MCT com características de prestadora de serviços. A sede administrativa do LNA localiza-se em Itajubá, MG. A sua missão básica é fornecer à comunidade astronômica brasileira a infra-estrutura e os meios para a pesquisa competitiva em astronomia observacional. A clientela do LNA é formada pelos integrantes dos programas de Pós-Graduação em Física/Astronomia no país.
O LNA opera o Observatório do Pico dos Dias (OPD) em Brazópolis, MG, onde funcionam três telescópios ópticos, um de 1.6m de abertura (o maior no Brasil) e dois de 0,6m de abertura.
Além disso o LNA é a Secretaria Nacional de dois projetos de colaboração internacional:
Desde sua criação o LNA foi catalisador de um crescimento acelerado das atividades e da produção científica em astronomia no Brasil. Seu planejamento estratégico orienta-se em sua missão:
Planejar, prover e operar os meios e a infra-estrutura para fomentar, de forma cooperada, a astronomia observacional brasileira. |
Desta forma, a finalidade da operação do LNA é o fomento da astronomia observacional brasileira. A estratégia para atingir essa finalidade é:
Para garantir à comunidade acesso contínuo a meios e infra-estrutura astronômica competitiva precisa-se observar constantemente o desenvolvimento tecnológico na área e elaborar planos estratégicos de longo e médio prazo visando a realizar projetos prometedores para manter e elevar a competitividade, considerado de forma realística os limites das capacidades técnicas e econômicas do país, tentando ao mesmo tempo estender estes limites.
O passo lógico depois do planejamento é a realização dos planos. Com a construção dos telescópios Gemini concluído e do SOAR bem encaminhado, a atenção deve-se concentrar agora na construção de instrumentos periféricos competitivos para estes telescópios sem perder de vista o aperfeiçoamento e a eventual substituição dos instrumentos do OPD. Com a instalação de um laboratório de manuseo de fibras ópticas e a construção do instrumento SIFUS (SOAR Integral Field Unit Spectrograph) iniciado, o LNA deu o primeiro passo para um fortalicemento decisivo na área de instrumentação astronômica no país. Mais passos devem seguir para tornar o LNA em centro reconhecido internacionalmente na área.
Dentro dos projetos internacionais, o LNA age como gerenciador do projeto no país e como interface entre os projetos e a comunidade astronômica brasileira. Enquanto isso são tarefas administrativas que merecem um certo cuidado para garantir o melhor retorno científico dos projetos para a comunidade, sem dúvida a operação eficiente do OPD é um desafio imediato maior. Precisa-se garantir a maior eficácia para o uso dos telecópios e instrumentos periféricos beneficiando os cientistas usuários do OPD através de um bom planejamento dos recursos, da manutenção cuidadosa dos instrumentos e dos parâmetros ambientais para observações, de uma logística adequada e da competência técnica dos operadores do OPD.
Sendo o LNA é uma instituição que serve à comunidade astronômica de todo o país, é indispensável uma boa interação com a comunidade para identificar seus interesses e necessidades, tanto quanto uma cooperação íntima para realizar projetos infra-estruturais pelo benefício de todos. Por isso, o LNA procura incentivar a colaboração das universidades e instituições usuárias para definir e concretizar o planejamento e a execução de projetos instrumentais.
A gestão do LNA orienta-se nestas considerações estratégicas. Para melhor alcançar as suas finalidades e para otimizar seu serviço à comunidade astronômica no futuro, foi iniciado em 2001 o processo para transformar o LNA em Organização Social, seguindo recomendação da Comissão Tundisi.
O LNA dispõe de dois campi. A sede estaá situada na cidade de Itajubá, enquanto o Observatório do Pico dos Dias se encontra no município de Brasópolis, ambos no estado de Minas Gerais.
O organograma na figura 1 demostra a estrutura interna: O Conselho Técnico Científico (CTC), é o orgão superior e supervisiona as atividades do LNA. O CTC é composto essencialmente por representantes dos programas de pós-graduação na área de astronomia do país inteiro. As Comissões de Programas, escolhidas pelo CTC, são constituídas por pesquisadores destacados em suas áreas. Decidem sobre os projetos que utilizarão os telescópios. Internamente, o LNA é composto da:
O LNA contou em 2001 com um total de 59 servidores (um deles licenciado) 14 bolsistas e 4 estagiágrios. A distribuição dos servidores entre os diversos setores do LNA é explicitada na tabela 1.
Tabela 1: Distribuição dos servidores e bolsistas do LNA
No. de servidores | No. de bolsistas | |||
Nível superior | Nível interm. | Nível superior | Nível interm. | |
Diretoria | 1 | 1 | 3 | - |
Administração | 6 | 6 | - | - |
Suporte logístico | 1 | 18 | - | - |
Apoio Científico | 8 | - | 1 | 1 |
Coord. Tecnologia | 1 | 1 | 4 | 2 |
Operação OPD | 1 | 7 | 1 | 2 |
Manutenção | 2 | 6 | - | - |
As principais atividades do LNA no ano 2001, visando fortalecer a infra-estrutura e não diretamente atribuidas a um dos observatórios sob sua responsabilidade (OPD, Gemini, SOAR), foram: