NOVO
DIRETOR DO LABORATÓRIO NACIONAL DE ASTROFÍSICA
ASSUME O CARGO EM CERIMÔNIA NO DIA 14 DE JUNHO DE 2002
O
LNA convida a imprensa para a cerimônia de posse de seu novo
Diretor, Dr. Albert Bruch, que terá lugar na sede do LNA em
Itajubá, MG, no dia 14 de junho de 2002, às 16:00.
Estarão presentes
o Exmo. Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Embaixador
Ronaldo Mota Sardenberg, várias autoridades do Ministério
da Ciência e Tecnologia, do Estado de Minas Gerais e da cidade
de Itajubá e representantes das principais empresas e comércio
da região.
A
escolha do Dr. Bruch (albert@lna.br)
foi feita pelo Sr. Ministro com base em lista tríplice elaborada
pelo comitê de busca presidido pelo Prof. Lindolpho de Carvalho
Dias, Diretor da Escola Nacional de Botânica Tropical do JBRJ,
e composto ainda pelo Dr. Jacques Lèpine, Diretor do Instituto
de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, Dr.
Hugo Capelato, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
do MCT e Dr. Luiz Paulo Vaz do Departamento de Física da UFMG.
Os critérios de escolha foram: competência profissional, experiência
político-administrativa, visibilidade junto à comunidade científica
e visão de futuro para a instituição, além de experiência
e habilidade em cooperação nacional e internacional e empenho
no desenvolvimento equilibrado do LNA, de acordo com a missão
institucional.
O Dr. Bruch é alemão
e nasceu em Emsdetten em 1951. Obteve o Mestrado em Física
na Universidade de Münster, Alemanha, em 1977. Doutorou-se
em 1982 e obteve a livre-docência em 1990, na mesma universidade.
Em 1995 recebeu o título acadêmico alemão de “Professor”.
Ocupou diversos cargos de pesquisador e diretor do Instituto
Astronômico da Universidade de Münster e possui larga experiência
em cursos de astronomia em vários níveis. Foi pesquisador
visitante do Observatório Rohzen da Academia de Ciências da
Bulgária, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do
MCT, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
da USP, do Departamento de Física da UFMG e do próprio LNA.
Ultimamente, já como servidor do LNA, era Coordenador de Pesquisa
e vinha exercendo interinamente o cargo de Diretor.
O Dr. Bruch desenvolve
pesquisas nas áreas de Estrelas Variáveis, em particular,
nas chamadas Variáveis Cataclísmicas
e é um astrônomo observacional experiente. Já publicou mais
de 100 trabalhos em revistas especializadas e orientou dezenas
de trabalhos de mestrado e doutorado.
O Dr. Bruch vê o LNA como “um núcleo de formação de recursos
humanos na área de astronomia, contribuindo de forma significativa
ao crescimento fulminante que a astronomia brasileira apresentou
nos últimos 20 anos”. Mas não apenas isso: no cumprimento
de seus objetivos, o oferecimento dos meios e infra-estrutura
para a pesquisa em astronomia observacional, o LNA também
conta com “laboratórios para manutenção e desenvolvimento
de instrumentos competitivos para os telescópios em território
nacional e fora dele. Com a instalação de um laboratório de
manuseio de fibras ópticas e a construção do instrumentos
SIFUS, um espectrógrafo de bancada alimentado por fibras ópticas,
o LNA deu o primeiro passo para o fortalecimento decisivo
na área de instrumentação astronômica no país.”, esclarece
ele.
Indagado sobre
sua visão do futuro do LNA, o Dr. Bruch respondeu que “O LNA
está entrando em uma nova fase de sua história, com duplo
desafio: (a) a transformação radical de gestão – da Administração
Direta para Organização Social (OS) – e (b) a necessidade
de identificar estratégias adicionais para cumprir sua missão,
uma vez que o acesso aos telescópios Gemini
e SOAR telescope
levará a astronomia brasileira a novos patamares. Vejo a transformação
em OS como uma chance para melhor atender os novos desafios
estratégicos.”
Com relação à criação da Organização
Social, Albert Bruch comentou: “Entendo o relatório da Comissão
Tundisi [1]
como sendo a confirmação de que a missão do LNA permanece
adequada à situação atual da ciência e da tecnologia no país,
..., [e que] recomenda nenhuma alteração na missão, mas apenas
medidas para melhorar as condições para atingir os objetivos
da missão.” Acrescentou, também, que a transformação em OS
foi iniciada com o intuito de facilitar a realização da missão
institucional, embora as mudanças no sistema de gestão sejam
drásticas em um primeiro momento.
Albert Bruch identifica os seguintes desafios do LNA para
os próximos anos: gerenciamento dos três observatórios colocados
sob sua responsabilidade, adaptação do Observatório do Pico
dos Dias à nova situação após o início das operações dos Gemini
e do SOAR, identificação das necessidades e possibilidades
para manter e elevar o nível da astronomia brasileira em comparação
à comunidade mundial e condução da transformação do LNA em
Organização Social.
“A transição abre a oportunidade para uma reforma profunda
da estrutura interna. Precisa-se, por exemplo, de uma estrutura
que permita mais laços horizontais, integrando as várias áreas
e instigando interações. Além disso, e acima de tudo, é necessário
levar em conta as novas necessidades e oportunidades que a
comunidade astronômica brasileira vem encarando, situações
estas advindas da participação em projetos internacionais,
as quais exigem modos de gerenciamento impossíveis de terem
sido previstos quando da criação da atual estrutura do LNA.”,
explica ele.
Quando perguntado
sobre as medidas necessárias para que o LNA possa enfrentar
esses desafios da melhor maneira possível, respondeu: “Acho
que se deve trabalhar nas seguintes frentes: elaborar um Regimento
Interno que leve em conta a nova realidade, os desenvolvimentos
tecnológicos dentro e fora da instituição, aumentar o número
e a qualificação de funcionários e proporcionar sua capacitação
contínua com o objetivo de melhorar o desempenho do LNA, e
motivar e envolver os funcionários dos diferentes níveis nas
discussões que levam às decisões da Diretoria. O ideal é uma
Diretoria capaz de motivar os funcionários e trabalhar em
conjunto com eles tanto quanto com a comunidade externa e
os órgãos de supervisão para tomar decisões.”
Para finalizar,
o Dr. Bruch acrescentou que “É importante sempre lembrar que
o LNA é uma instituição prestadora de serviços. Portanto,
não deve zelar pelo próprio bem, mas pelo desenvolvimento
da comunidade astronômica em geral e pelo progresso da ciência
na sua área, em nível nacional.”
[1]
O Ministro de Estado da Ciência e
Tecnologia, Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg, criou, através
da portaria no. 137, de 26 de abril de 2000, uma Comissão
para propor uma política de longo prazo para as Unidades
de Pesquisa (UPs) vinculadas ao Ministério da Ciência e
Tecnologia – MCT – e à Comissão Nacional de Energia Nuclear
– CNEN. Esta Comissão, presidida pelo Dr. José Galizia Tundisi,
em maio de 2000, detectando a complexidade da tarefa que
lhe era dada, recomendou que fosse avaliada, por Comitês
Externos às instituições, a missão de cada UP e a adequação
do sistema como um todo em função das necessidades estratégicas
de Ciência e Tecnologia para o País nos próximos 10 anos.
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