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OPD
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Análise do aproveitamento do tempo de observação do OPDFoi realizado o levanto das horas observadas no OPD (a partir de dados obtidos para o telescópio de 1,60m ) baseado na amostra dos últimos 15 anos (1989-2003 ). Este período de tempo é bastante representativo da operação do OPD que se iniciou em 1981. A data inicial de 1989 foi escolhida pois foi neste ano que foram instalados os primeiros detectores CCDs, o que causou um grande impacto nas observações e que poderia mascarar alguns resultados se as observações antes desta data fossem incluídas. Infelizmente os dados da qualidade de imagem (seeing, luminosidade do fundo de céu) correspondentes a estes períodos não são disponíveis pois não eram medidos rotineiramente, assim como os dados meteorológicos secundários como transparência atmosférica e vapor de água (que ainda não são medidos). Um dado importante sobre a operação dos telescópios do OPD que não estava disponível para a comunidade anteriormente é que a fração de horas observáveis perdidas por falhas técnicas (medida com dados da COPD de 2002 e 2003) é menor que 2%! Este é um resultado muito bom e significa para nosso estudo que este fator não afeta a eficiência atual das observações e que deve se tentar mante-lo independente da proposta de modo observacional alternativo que se escolha. A partir de 2002 estes dados estão disponíveis no relatório anual do LNA e fazem parte do quadro de metas do contrato de Gestão firmado com o MCT. A média anual de horas observadas no OPD é de aproximadamente 1300horas, o que representa cerca de 40% do tempo total observável. Este valor é dominado principalmente pelo baixo número de horas observadas nos meses de verão. Na figura 1 mostramos a fração de horas observáveis no OPD em função do mês, e para comparação o mesmo gráfico (fig. 2) para o Kitt Peak National Observatory (Crawford D.L.). Nos dados do OPD não foram realizados ajustes das porcentagens para levar em conta os efeitos de noites de engenharia e instrumentação, mas estas não devem afetar a estatística de modo considerável. O observatório del Roque de los Muchachos (ORM) nas Ilhas Canárias, que é reconhecido como um dos melhores sítios astronômicos do mundo tem uma freqüência de noites utilizáveis bem maior e só a freqüência de noites fotométricas é de 51%.
Na figura 3 vemos os resultados do número de horas observadas desde 1989 normalizadas pela média. Podemos observar que o desvio padrão anual é menor que 10% (com exceção de 1993 e 1995). Este resultado indica que podemos utilizar o valor médio de horas observadas como modelo para determinações de eficiência e para a escolha de modos de observação, pois assim que estes sejam implementados a variação média anual de horas observadas não afetará o ganho de eficiência pretendido (regras atuais para a avaliação dos pedidos de tempo). Também não foi observada nenhuma tendência de aumento ou diminuição do tempo utilizado em função do tempo, o que demonstra uma certa estabilidade do sítio.
Em relação á flutuação mensal das horas observadas verificamos
que: o período de Maio-Agosto tem uma média maior que 150 horas, baixo
desvio padrão anual, e um bloco de horas observáveis sem interrupção
maior. Este padrão é indicativo para a utilização do modo clássico de
observações.
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