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RELEASE
Eclipse Lunar Total Visível no Brasil
15/05/2003
[Sem embargo]
Hoje, 15/5/2003, haverá
eclipse total da Lua. No momento do eclipse, a Lua cheia estará
coincidentemente passando pelo zenite, ou seja, bem acima de nossas
cabeças.
Horários dos fenômenos:
22:05 |
a
Lua entra na zona de sombra da Terra chamada penumbra; tem seu
brilho um pouco diminuído, uma vez que não possui
luz própria mas reflete a luz do Sol. |
23:03 |
a
Lua entra no cone de sombra da Terra (umbra); pouco a pouco
toda a superfície que vemos da Lua deixa de receber luz
direta do Sol. |
00:14
de sexta-feira, 16/5/2003 |
a Lua encontra-se totalmente imersa na sombra da Terra: tem
inicio a fase de totalidade do eclipse. O céu escurece,
as estrelas mais fracas tornam-se distinguíveis, e a
Lua adquire a coloração alaranjado-escuro. |
00:40 |
eclipse
encontra-se na metade |
01:06 |
a
Lua começa a sair da umbra da Terra, o que marca o fim
da totalidade. Já não se distingue mais a cor
alaranjada da Lua. |
02:17 |
fim
da parcialidade: a Lua volta a ter a colocarão esbranquiçada. |
03:15 |
a
Lua sai da penumbra e volta a ser iluminada diretamente pelo
Sol, recuperando seu brilho típico de lua cheia; o
céu torna-se claro novamente. Este é o fim do
eclipse total lunar. |

Figura 1 : Configuração
Sol-Terra-Lua no meio do eclipse.
Respostas
às perguntas mais freqüentes
1)
Por que a Lua adquire a tonalidade alaranjado-escuro? |
Porque
a atmosfera terrestre desvia os raios do Sol de tal forma
que a componente vermelha vai para dentro do cone de sombra
da Terra. A troposfera, que é a camada localizada logo
acima da superfície terrestre e que se estende a até
cerca de 10km de altura, espalha a maior parte da componente
azul da luz solar, deixando passar a vermelha, que é
desviada para dentro do cone de sombra terrestre, incidindo
sobre a superfície lunar que, nesse momento, não
recebe luz solar diretamente.
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2)
É freqüente a ocorrência de eclipses? Que
tipos de eclipse existem? |
Sim, geralmente
há quatro eclipses por ano: dois do Sol e dois da Lua.
Os eclipses lunares podem ser totais, parciais ou penumbrais;
os eclipses solares podem ser totais ou parciais.
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3)
Quais são os requisitos para haver eclipses do Sol
e da Lua? |
Basta que haja alinhamento
do Sol com a Terra e a Lua. Ou a Lua se interpõe entre
os outros dois, ou a Terra. No primeiro caso, temos eclipse
do Sol, no segundo, da Lua.
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4) Por que a Lua para de brilhar? |
A Lua não
tem luz própria: ela apenas reflete a luz do Sol, como
a Terra e demais planetas. Durante um eclipse, a Lua penetra
na região de sombra projetada pela Terra no espaço.
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6)
Como é a sombra da Terra? |
Uma vez que a Terra
é praticamente esférica, projeta sombra em forma
de disco visto de frente sobre a superfície da Lua.
Devido ao fato do Sol também ser esférico, ser
muito maior que a Terra e estar bastante longe de nós,
e também devido ao fato da atmosfera terrestre desviar
seus raios, a Terra projeta no espaço um cone de sombra
imerso em um cone de penumbra, de meia-luz. Quando a Lua em
sua orbita passa pela região de penumbra, ainda recebe
alguma radiação do Sol, tendo como conseqüência
uma leve diminuição de brilho. Quando se dão
as condições para entrada na região de
sombra propriamente dita (umbra), a Lua vai paulatinamente
sendo obscurecida, lembrando um pouco as fases de minguante
e nova.
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Dicas
para fotografar o eclipse : |
Estas informações
são de Rodrigo Prates Campos, fotógrafo profissional
e Chefe da Coordenação do Observatório
do Pico dos Dias/LNA.
É recomendável
o uso de câmera fotográfica que tenha recursos
de regulagem de velocidade e abertura. Um tripé também
é recomendável, embora não essencial.
Pode-se empregar tanto um filme de 100 ISO como de 400 ISO.
Quem tiver um teleobjetiva (media de 135mm) obterá
imagens maiores da Lua, mas uma objetiva comum, de 50mm também
dará resultados satisfatórios.
É preciso
lembrar que a Lua vai mudar drasticamente de brilho durante
o eclipse! Para começar, uma velocidade de 1/250 e
f/4 ou f/5.6 (100 ISO) deve permitir boa exposição
da Lua. a partir do momento em que começa a totalidade
(a Lua adquire a tonalidade alaranjado-escuro), uma velocidade
de 1/30 ou 1/15, ou seja um aumento de três pontos na
abertura, deve ser suficiente. Lembre-se de voltar a configuração
inicial assim que a Lua voltar a ser iluminada pelo Sol!
Quem desejar registrar
o fenômeno com câmera de vídeo, deve levar
em conta que a Lua vai estar se movendo o tempo todo, numa
trajetória que abrangerá mais de 45 graus no
céu e que, portanto, somente serão possíveis
filmagens de alguns segundos de duração, para
a Lua não "sair do centro da filmagem". Um
apoio que pode ser tripé, escada caseira, ou até
mesmo a sacada da janela de casa ou um rodo de cabeça
para baixo, em ultimo caso, vai dar mais estabilidade à
câmera.
Também é
possível registrar boa parte da evolução
do eclipse num mesmo fotograma, o que é bastante interessante,
mas de difícil execução. A câmera
deve estar apoiada em um tripé e ter o recurso de múltiplas
exposições, ou seja, armar sem avançar
o filme. É necessário prever a trajetória
da Lua no céu e decidir que porção dela
é possível fotografar com determinada lente
grande angular e não se esquecer de variar a abertura
e velocidade. As pessoas que realmente desejarem realizar
este tipo de foto estão convidadas a entrar em contato
com o LNA através do telefone (35) 3621-2121 (OPD)
ou 3629-8100 (sede do LNA) e conversar com o Rodrigo Campos.
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