Última atualização: 30/03/1996

FOTRAP - Manual de Uso


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Francisco Jablonski. Fev./1996 


Intrumentos e
Detetores

INTRODUÇÃO

CONFIGURAÇÃO / INSTALAÇÃO

OPERAÇÃO

FOTOMETRIA / MODOS DE OPERAÇÃO

OUTRAS

SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES PARA REALIZAR UMA MEDIDA (ZEISS)

DICAS / COMO CONTORNAR ALGUNS PROBLEMAS

APÊNDICES

 

II. CONFIGURAÇÃO / INSTALAÇÃO

II.1 - Hardware

Normalmente o usuário encontrará o instrumento montado e pronto para funcionar. Para quem deseja mais detallhes, o FOTRAP consiste de 5 partes (Fig.1): o fotômetro em si, montado no telescópio, a estação remota (ER), o relógio (base de tempo do sistema), o translator (para acelerar/ desacelerar a roda de filtros), e o microcomputador de aquisição.

No fotômetro (vide ítem II.2), além da parte óptica, temos as rodas de filtros e diafragmas, acionadas por motores de passo controlados pela ER. O translator é quem fornece a alimentação e a estabilidade da frequência de giro destes motores, a partir dos sinais vindos da ER.

A estação remota (ER) possui um microcontrolador Z80 (é verdade, ainda existe isso), que funciona sincronizado à base de tempo fornecida pelo relógio digital. O programa de controle que roda neste microprocessador é responsável pelas funções básicas tais quais posicionamento da roda de filtros e da roda de diafragmas. Este programa é também responsável pela transmissão dos dados para o PC de aquisição. A ER tem um botão de reset no painel frontal que permite reinicializar suas operações.

Figura1: As principais partes do FOTRAP: Fotômetro em si, estação remota, base de tempo (relógio digital), translator e microcomputador de aquisição.

Componentes do FOTRAP (14546 bytes)

O microcomputador de aquisição, do tipo IBM-PC, roda o programa de aquisição responsável pela sequência de operações executadas pela ER, e pela apresentação e armazenagem dos dados adquiridos.

Em princípio, o observador não precisa se preocupar com qualquer detalhe da instalação do equipamento. A descrição a seguir visa facilitar verificações e diagnósticos em caso de pane.

As conexões entre os módulos estão descritas na Figura 1. Os cabos de ligação são específicos e têm indicações de onde devem ser ligados. No IBM-PC, o cabo RS-232 que vem da ER deve ser conectado à porta serial COM2.

A ER tem uma entrada de 5 MHz e outra de 1 Hz que devem ser conectadas às respectivas saídas da base de tempo. Existe ainda a entrada IN, na qual deve ser conectado o cabo que sai do pré-amplificador, perto do fotômetro (Fig. 2), e que leva o sinal da fotomultiplicadora ao sistema de aquisição.

II.2 - Fotômetro

As Figuras 2, 3 e 4 mostram vistas laterais e de frente do fotômetro.

Preste atenção na posição do obturador (1). Mantenha fechado quando estiver com as luzes da cúpula ligadas. O seletor do espelho a 45° (3), quando totalmente para fora, desvia a luz para a ocular de campo (2). Na outra posição o feixe vai para as rodas de diafragmas e filtros. O retículo da ocular de campo é iluminado pelo botão (5). O tubo intensificador de imagens (4) permite centrar os objetos nos diafragmas. O botão de iluminação dos diafragmas (6) é usado para tornar confortável a tarefa de centragem.

Vista lateral direita (11086 bytes)

Figura 2: Partes do fotômetro: (1) Obturador. Mantenha fechado quando não estiver medindo!; (2) Ocular de Campo; (4) Intensificador para centragem nos diafragmas; (5) Luz do retículo da ocular de campo (2); (6) Luz dos diafragmas. Só acende se o obturador (1) estiver fechado. (7) Filtros de densidade. Para fora: feixe livre; (8) Pré-amplificador discriminador; (9) Botão liga/desliga do pré; (10) Caixa de refrigeração termoelétrica. Existe uma régua de filtros fixos no fotômetro (7). Ela tem 3 posições: totalmente para dentro seleciona um filtro neutro de aproximadamente 4 magnitudes, a posição intermediária contém um filtro de 2.5 magnitudes e a posição totalmente para fora deixa passar o feixe livremente. Os filtros de densidade são pouco usados pois não são realmente neutros, causando dificuldades consideráveis na transformação ao sistema padrão. É preferível utilizar uma máscara para diminuir a área coletora do telescópio. Fixado na lateral do housing da fotomultiplicadora (10) está o pré-amplificador de pulsos (8). Note que o pré tem um botão liga/desliga em sua lateral. A ocular de campo (diâmetro de 12' no telescópio de 60 cm e 5.6' no de 160 cm) pode ser deslocada para posições de guiagem fora do eixo óptico. Isso é feito com os parafusos (12). Os zeros dos contadores de posição devem ser anotados sempre que se use o offset guider para facilitar a operação de volta ao eixo óptico. Para se ver a imagem dos diafragmas no intensificador, gira-se o botão (11) no sentido anti-horário.

 

Vista lateral esquerda

Figura 3: Partes do fotômetro: (3) Seletor da ocular de campo: para fora, feixe para a ocular de campo, para dentro, feixe para a roda de filtros; (11) Seletor do visor de diafragmas: para trás, feixe para a ocular, para a frente, feixe para o detetor.

 

Vista Frontal

Figura 4: Partes do fotômetro: (12) Posicionador do offset guider. Note que os contadores (para e ) podem ser usados para recolocar a ocular na posição centrada com o eixo óptico principal.

 

II.3 - Diretórios e arquivos no micro de aquisição

Normalmente o disco do micro de aquisição conterá os diretórios usuais: DOS, WINDOWS, etc, e deve conter os diretórios \FOTRAP\DADOS e \FOTRAP\REDUZ.


REDUZ 	contém programas de redução (por exemplo, 
        o programa MAGS.EXE)



DADOS	Por default, o programa de aquisição grava 
        os arquivos de dados neste diretório.

Existe, no entanto, uma opção no programa para se alterar o drive de dados para o usuário que quiser gravá-los diretamente em seus disquetes. Este diretório normalmente conterá os subdiretórios MAG, RND e RPE, para possibilitar uma certa ordem no armazenamento dos dados. Isso é importante em missões longas onde a superlotação de arquivos de dados num só diretório pode causar confusão. FOTRAP contém os arquivos do sistema, de status, de estrelas de programa. e de standards fotométricas. O programa principal está no arquivo FOTRAP.EXE. Trate de não bulir com os arquivos FOTRAP1.DAT, FOTRAP2.DAT, STATUS.XXX, LAN e GRA. Ao dar o boot o usuário será diretamente colocado no diretório do sistema, de onde roda o programa de aquisição.

II.4 - Arquivos de Dados

Existem 3 tipos de arquivos de dados, um para cada modo de operação do fotômetro. O formato interno destes arquivos está descrito nos apendices.

Os dados de monitoria são guardados em arquivos com extensão .RPE (monitorias no rápido eletrônico) e .RND (monitorias no rápido mecânico). O nome dos arquivos de dados são gerados automaticamente pelo programa de aquisição: os dois primeiros caracteres são obtidos do nome do objeto observado, os 4 seguintes correspondem ao dia e ao mês, e os dois últimos à hora (TU) do início da monitoria. Se mais de uma monitoria for feito no mesmo objeto em uma dada hora, elas serão guardadas em sequência no mesmo arquivo. Desta forma, desaparecem preocupações com o gerenciamento de nomes de arquivos durante a noite.

Os dados de magnitude & cores são guardados em arquivos ASCII com nome DJ?????.MAG, onde a parte variável contém a data juliana modificada para a noite. Esses arquivos também são criados no modo append.